domingo, fevereiro 19, 2012

4# - O Covarde


Todo humano, em si, tem um pouco de medo de ficar num estado deplorável por muito tempo, principalmente aqueles que foram iludidos e sofreram com algo/alguém em sua vida. Tendem a fugir para coisas como drogas ou outros amigos e outras coisas. Não tenho coragem de dizer que já fiz isso e este post mesmo é produto de um destes atos.

O Humano, dependente como é, erra em achar que vai ser feliz para sempre, seja lá com quem ou com o que. Humanos tendem a querer mais e mais, e ao experimentar novas coisas, tende a tratá-las como válvulas de escape para os momentos críticos. Sentir-se anestesiado pela bebida e desconcentrado de qualquer coisa, independente do que vier depois, seja lá a bile ou a ressaca. Aquele pequeno momento de grande alívio que leva os pensamentos ruins e que faz você esquecer o passado.

Aquele momento em que você é covarde, você foge do seu medo e preocupação, da sua raiva e tensão. Foda-se tudo, você diz, mas sabe que quando acordar vai ter que lidar com tudo o que passou e que vai voltar pior, talvez, pois você fica sabendo que só usou aquela válvula, por causa do mesmo motivo que lhe atormenta. Que defeito é este, que me faz voltar a fugir, sabendo que nunca vou poder me esconder?

Covarde sou sim, mas tento me acovardar de minha própria covardia, corro dela e julgam-me corajoso. Enfrentar meus problemas e resolvê-los, seja lá qual a forma, vai definir se sou realmente corajoso ou fujão.

É assim que os humanos são. Mas não se prenda em minhas reflexões, ser covarde para uns é ter coragem para fugir, ser corajoso para outros é ter medo de ser covarde. Angulos diferentes, mesmo sentido, tudo depende de como se vê, tudo depende de como seu ego reage.

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